coisas que me fazem sentir bem em casa [III]
Published 26.1.06 by laura | E-mail this post
Acordou a custo e foi tomar banho. Uns bigodes curiosos miavam atrás da porta. A água quente purificava a pele, o vapor queimava os pensamentos. Enrolada na toalha, fez café e vestiu-se, de seguida, os pés nus sobre as tábuas do chão, o dia finalmente a começar. Com uma chávena de café na mão, olhou os limoeiros e deixou o sol entrar. A roupa no estendal sorria em direcção ao vento. Durante longos minutos a vida radiante fez-lhe cócegas nos cantos da boca. Quando vestiu o casaco e deu uns jeitos nas ondas do cabelo, a sua própria imagem reflectida duplamente em dois espelhos fê-la parar e olhar-se. Era bonita. Era mesmo bonita. E saiu.
gosto desta última foto (muito). não acho que a vida sem paixão seja podre. a vida sem criação é podre. a paixão tem muitas formas. o próprio desinteresse e cinismo pode ser interessante. tens aqui um belo cantinho.
começo a achar que me estás a esconder alguma coisa, lol
naked lunch: obrigada. é apenas uma parte de uma foto maior, mas achei que ficava bem assim. sim, concordo. há muitas formas de viver, e todas elas podem ser interessantes, mesmo que a paixão esteja ausente.
rspiff: de que estás a falar? lol... o que poderia eu estar a esconder-te?
Eu concordo com o rspiff... andas a aesconder muuuuiiiiitttttaaaaa coisa!!!!!
Love is in the air???
Kiss
não ligues muito... não gosto de usar as frases que usei (bláblá não é assim... é assim... bláblá deve ser...), não gosto de me meter e opinar. acho que fiquei um bocadinho preocupado (o que não deixa de ser estranho!).
mas gosto muito da foto (ainda ta roubo).
aos meus leitores que suspeitam que eu ando a esconder alguma coisa: não estou a esconder nada, não estou apaixonada e o amor não está no ar. já uma rapariga não pode ver-se ao espelho, achar-se bonita, e pendurar um sorriso num raio de sol? Ora ora... :) Para tristeza já me basta o ano passado.
É tão bom, e nada narcísico, admirar o nosso próprio sorriso num espelho, não é?
claro que sim, katraponga. e devíamos fazê-lo mais vezes, a bem da nação :)