isto não é um diário [parte I]


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Queres que eu me lembres de ti?(?)



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Ontem à noite jantei e voltei a adormecer no sofá, a ver televisão com o gato enrolado nos pés, como tem sido habitual nos últimos tempos. Acordei com uma mensagem por volta da meia-noite. Fui lavar os dentes enquanto mandava um “kolmi”, por falta de saldo no telemóvel. Habitual nos dias de penúria que correm, também. Conversei alguns minutos e fui para a cama. O gato miava, à procura do melhor ângulo recto nas minhas pernas para se acomodar. E pronto... a insónia tomou conta de mim. Mas eu que estava a dormir tão bem no sofá, agora não adormeço? Assim se passou uma hora, entre pensamentos vários, desde pessoas que teimo em recordar a lugares que fui e gostava de voltar, datas que passaram e datas que estão para vir, planos que têm sido alterados, "and so on”... Depois dei por mim a tecer um texto na minha mente. Pensei que devia levantar-me e escrevê-lo, para não me esquecer dos pontos-chave. A preguiça foi mais forte, prendeu-me o corpo à cama e deixei-me enlear pelos pensamentos que alimentavam o referido texto. Claro que, hoje de manhã, depois de ter adormecido sem dar conta, de pouco me lembrava. Mas é qualquer coisa sobre a blogoesfera e que deriva de conversas que tive com amigos, sobre a necessidade e o desprendimento, sobre a rapidez com que se conhecem pessoas e a facilidade com que elas desaparecem, a quantidade de informação e o nível de intimidade que se tem em poucos dias com estranhos, o perigo que está sempre inerente às relações cibernéticas... Mas como hoje não tenho tempo, estas considerações vão ter de ficar para outro dia.


18 reacções a “isto não é um diário [parte I]”

  1. Anonymous Anónimo 

    ainda estou em fase de deslumbramento, não penso nos perigos, só nas vantagens. não sei se são relações. é comunicação. é sobretudo pessoal. é estarmos à noite a pensar no que vamos escrever no dia seguinte. é escrita automática. sabe bem. é vivido.

    um gato! se tivesse um chamava-lhe chico.

    abraço

    bom feriado

  2. Anonymous Anónimo 

    Ante Scriptum: A check-box "Remember me" no final da caixa de texto do comentário é imagem absolutamente sublime da natureza das relações cibernéticas. :)

    A música é excelente. Caso não conheças, estou certo que adorarás Fiona Apple (em particular, o álbum Tidal) ou Mazzy Star (o So Tonight That I
    May See deverá ser dos melhores).

  3. Anonymous Anónimo 

    Chico. Eis o nome que a minha irmã pôs ao meu gato após se ter apropriado dele.
    Antes, quando comigo coabitava, era livre, selvagem até (das más companhias, diz-se).
    Facto é que não tinha cartão. Era um Europeu Comum de cor preta que reagia a dois nomes apenas: FDP e Toma. Agora é Chiquinho, enfim. :)

    P.S.: Leia-se o "era selvagem" com as respectivas reservas - depois das líricas palavras que o acéfalo do Miguel Ângelo (Delfins) irreversivelmente registou no cancioneiro popular nacional, afirmá-lo cheira a piroso que se farta.

  4. Anonymous Anónimo 

    Tudo é perigoso. Perigoso é atravessar a ponte. Perigoso é não atravessar a ponte. Perigoso é ficar a meio. [A ponte é só uma metáfora :)] Tudo é perigoso.

    Talvez devêssemos tentar impor uma certa forma de lentidão a um universo demasiado rápido e fugaz como é, não só a blogosfera, mas o mundo em que vivemos, em geral.

    Mas apelar à lentidão, nos tempos que correm, é quase subversivo, senão apenas patético.

    É verdade que a blogosfera é um bocado puta, alimenta e vende fantasias e ilusões. Mas, no fundo, também a vida real, de que de uma forma ou de outra ela faz parte, não é menos puta, e talvez isso nem seja o pior dos males. É apenas perigoso. Como tudo.

    Mais sorte têm talvez os gatos (mas é mesmo apenas talvez), mesmo aqueles que não tendo a sorte do teu, têm que dormir na rua.

    Gato que brincas na rua
    Como se fosse na cama,
    Invejo a sorte que é tua
    Porque nem sorte se chama.

    Bom servo das leis fatais
    Que regem pedras e gentes,
    Que tens instintos gerais
    E sentes só o que sentes,

    És feliz porque és assim,
    Todo o nada que és é teu.
    Eu vejo-me e estou sem mim,
    Conheço-me e não sou eu.

    (Fernando Pessoa)

    Nota: Nessas alturas em que o texto aparece, e o sono acordado é fértil nessas coisas, o melhor ainda é ter o telemóvel por perto, ir para as mensagens, e escrever, não mensagens para enviar, mas texto para guardar. Depois o telemóvel tem luz, podes-te tapar toda e escrever na absoluta solidão. Com sorte o gato nem dá por nada.

    Aguardo as considerações.

    :)

  5. Anonymous Anónimo 

    interessante registo.

    cumprimentos.

  6. Anonymous Anónimo 

    Acho que tens toda a razão. A facilidade com que apreciamos ou ignoramos um blogue pode estar tão somente numa ou outra palavra. Nos saltos de canto em canto, é fácil depararmos com frases que nos prendem e nos cativam… ficam nos favoritos. Da mesma forma que uma ordinarice ou frase que mostra uma características que abominamos, nos faz nunca mais lá voltar. Mas não acho que seja um mundo de relações perigosas, tem é de se usar de muito bom senso e alguma inteligência.

  7. Anonymous Anónimo 

    A rapidez que falas depende da disposição de cada um, não é a internet que é culpada pela rapidez com que se firmam "relações" mas sim a nossa necessidade para te-las o mais rápido possível.
    A minha gata voltou a subir-me pelas costas, começo a desconfiar que ela me quer dizer qualquer coisa ao ouvido...:p*

  8. Anonymous Anónimo 

    Interessantes pontos de vista. Sou uma sortuda por ter comentadores destes. infelizmente não vou poder contra-comentar por ora, tão pouco desenvolver os meus pensamentos pré-queda nos braços de Morfeu daquela noite. Isto porque hoje estive todo o dia sem net no trabalho e, como a malta é pobre, em casa ainda não tenho o interruptor da internet. De qualquer forma, estive a terminar uma série de coisas - sim, de vez em quando também trabalho - porque para a semana estarei ausente, e tão cedo não terei disponibilidade de desenvolver os meus argumentos. Aguardem-me, se tiverem paciência. Beijos a todos.

  9. Anonymous Anónimo 

    A verdade é que todo este mundo cibernético tem as suas inconveniências....Assim o penso! Não poderemos nunca deixar-nos ficar ao computador por preguiça preterindo contactos "fisicos" com os amigos. Que inconveniências? Simples! Na nossa mente julga-se haver sempre movimento para além do ecrã...e até há! Amigos novos, conversas novas e abertas....Mas ninguem é feito sempre de movimento. Nao iremos nós habituarmo-nos a todo esse movimento virtual? Será bom para nós? Não perderemos mais facilmente o interesse nos outros qdo convivermos em carne e osso simplesmente por serem normais e não estarem sempre em mudança como nos habituámos aqui? Pensem.....

    Bem, vou beber um copo com os amigos! Bye

    Beijito, Broa
    Ass: Srégio ;)

  10. Anonymous Anónimo 

    A net é a vida real a 512 kbps... É tudo o que somos fora desta realidade virtual, mas a uma velocidade vertiginosa. Ficamos á espera das considerações. ;)

  11. Anonymous Anónimo 

    mas isto é só gajos! será tudo a um belo osso de íris verde clara??

  12. Anonymous Anónimo 

    caro(a) andalsness, de facto. ultimamente os meus comentadores são, na grande maioria, "gajos". Se é tudo a um "belo osso de íris verde clara", não sei, pois a verdade é que continuo a adormecer sozinha no sofá, de onde me arrasto para a cama para deixar um fio de baba na almofada (que bela imagem, hã? E sexy, LOL)... Mas levantas uma questão interessante, que também, um dia, poderei desenvolver.

  13. Anonymous Anónimo 

    Só para deixar um beijo cibernáutico e em Feminino..eehhehe!

    bjs

  14. Anonymous Anónimo 

    Aqui deixo o meu testemunho....eu venho pela simpatia da Broa e pelos magnificos textos..bem, quanto à baba na almofada...enfim, não é de facto a imagem mais sexy mas....já o "continuo a adormecer sozinha no sofá"...acordem Homens de Lx! Irra, até dá nervos! Hummpff

  15. Anonymous Anónimo 

    andalsness, isso é assim tão importante? ou um "gajo" já não pode fazer um comentário num blog de uma "gaja"? Vamos escolhendo os blogs que consideramos mais acolhedores e, este, é muito acolhedor (pés quentes, bons textos, óptimas fotos...). Paz.

  16. Anonymous Anónimo 

    - São azuis.
    - São verdes.
    - São azuis.
    - São verdes.
    - Estou-te a dizer que são azuis.
    - Estou-te a dizer que são verdes.
    - São azuis.
    - São verdes.
    - Eu vejo azuis.
    - São verdes.
    - Às vezes parecem cinzentos.
    - Ou brancos.
    - Luminosos.
    - São verdes.
    - São azuis.

  17. Anonymous Anónimo 

    - Afinal, são de que cor?
    - Não sei, sou daltónico!

  18. Anonymous Anónimo 

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