Acordei cedo. Fiz o que tinha a fazer antes de ir para o trabalho e desci a Avenida da Liberdade a pé. há quem diga que sou louca, por andar a pé, por descer a avenida, por andar sozinha por aí, por parar para olhar as flores, por contar as pedras da calçada, por registar com os olhos as placas antigas das lojas, por parar e admirar uma porta antiga, por me demorar nas montras dos objectos kitsch, por ir a pé por uma cidade velha, por gostar dos cheiros e sons de uma cidade antiga que se renova de cada vez que olho para ela. Serei louca, mas é o rasgão necessário na "normalidade" para sentir que não faço parte do rebanho.
mééééééé
serás uma ovelha negra, porventura? ;)
Olha, que coincidênia, ainda ontem foi o meu jantar, "kitsch",lololol
Ai, ai, que eu tenho muita piada...
Querer viver o tempo devagar é ser louco, nos dias que correm...
rspiff: é, eu andei a ver montras com "kitshes" de cogumelos, lol. és um cómico, tu ;)
katraponga: verdade, verdade... mas eu própria às vezes me esqueço de viver devagar. há quem diga que eu já não consigo andar em velocidade de cruzeiro... poucas pessoas conseguem acompanhar o meu andamento, lol
Nessa perspectiva as coisas são bem mais animadoras, sim! Por isso gosto das pessoas com andamento! :)
quanto mais me afasto mais dúvidas tenho. isso da normalidade tem muito que se diga. uf, preciso de café, talvez daqui a pouco me consiga explicar. abraço
café (mas acho que preciso doutro)
está cada vez mais fácil ser diferente. basta ler uns livros e ir ao cinema para ser encarado como diferente ("fooooda-se pá, como é que consegues tempo para isso?").
depois temos a música. música normal, música diferente. não é fácil. sobretudo não parecer snob.
mas às vezes que se lixe isso tudo. assume-se a coisa e que se foda o rebanho.
noutros contextos seremos parte do rebanho (trabalho. educadinhos com desconhecidos. assumem-se papeis com os quais não nos identificamos). méééé
uf. conversa da treta...
Ovelha negra há só uma, é aquela que assim que se apercebe que está num rebanho agarra nas patas e vai-se embora sozinha.
"Diferentes" ou "normais" acabamos por estar sempre englobados num rebanho, a menos claro que andemos sempre sozinhos, e mesmo assim não sei se não haverá um rebanho dos "sozinhos"...
Será que há por aí um rebanho para mim...lol
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Quem falou em cogumelos? Alguém interessado num produto vindo de Amsterdão? é coisa recente e com qualidade. :-P
E eu que não sabia que este blog não tinha "Banned words blacklist". Quer dizer então que podemos "ajavardar" nos adjectivos? ou serão verbos? :-P
naked: café, sempre, mais e mais café, para manter os olhos bem abertos e evitar a apatia a que nos tentam submeter... ;) é óbvio que fazemos sempre parte de um rebanho. é bom. é confortável. trabalhinho. impostos pagos. os eventos a que todos vão. os livros que todos lêem e os filmes que todos vêem. ou não. porque podemos simplesmente não o fazer. chamem-nos snobs, pois que seja.
ebola: não sei se há um rebanho para ti ou sequer se tu quererás fazer parte de um rebanho. a resposta para o naked tb se aplica a ti. às vezes é confortável e mais fácil seguirmos o trilho que nos impõem. falta de coragem para mudar? talvez sim, mas nem sempre... é, essencialmente, mais simples. temos tema para desenvolver ;)
rantas: pois, eu é que não vi nada daquilo que encomendei, lol... cogumelos, pois sim, só se forem da compal! e pq é que este blog haveria de ter essa lista de palavras banidas? eu não uso lápis azul, lol. podes ajavardar, desde que seja dentro de alguns limites, que este blog continua a ser escrito por uma menina que cora perante algumas situações, ehehe...
Tens razão, temos tema para desenvolver :p
Não quero rebanhos, mas isso faz com que esteja inserido no rebanho daqueles que não querem rebanhos, são facilmente indentificáveis estes, são aqueles em que cada ovelha segue o seu caminho, são aqueles das ovelhas tresmalhadas ;)*
o meu rebanho é musical, e as ovelhinhas são psicadélicas. hoje acordei :D
Se és louca por isso... eu também sou.
Deixa lá, abrimos um manicómio com vistas sobre a cidade e vamos a pé até à baixa pedir para a porta das velhas leitarias das transversais.