Gato tinhoso. Rouquidão. Os passos. Fome. Tudo na mesma, mais velho, paredes caídas. Mortes. Chegar e nunca ter saído. Teias de aranha. Flores depois da chuva. O forno destruído. Incêndio às três da manhã. As chamas dançam, reflectidas nos braços derrotados. Acordar. Desilusões de sempre. Sorrisos de criança. Verde. Caminhos de menina. Tradições gastas. Almoço a três. Visitas. Corpos que buscam descanso. As mágoas. As dores. Vazio. Brincar às magias. Tia, tia!! Vou-me esconder! Beijos. Lágrimas brotam das recordações. Um gato passa. Duas vidas para trás das costas. Palavras que moem, mas não matam. Suspiro. Abandono. Acordo em casa. Eu.
Acho que ultimamente andamos todos em fuga, mas não sei bem para onde???
jazz manel: não esperes respostas aqui. Eu também não sei.
fugas ou reencontros? não me parece que seja a fuga às recordações. talvez a fuga a algumas recordações? por vezes não estamos (ainda) preparados para recordar. provavelmente interpretei mal, mas imaginei a autora a escrever este texto no regresso de uma visita à sua terra natal. talvez a fuga nas recordações? (não espero uma resposta)
Hás-de acordar um dia com um suspiro, mas não de abandono. De palavras que não moem, nem matam, antes são reais como algodão doce.
Respostas????...talvez um dia, numa outra reencarnação!...