Pegaste em mim e
Com uma tesoura afiada, cortaste o cordão
Que me sustentava
E alimentava.
Vindimaste-me
No sopro de uma aragem
E esmagaste-me entre as mãos
Deixando o suco escorrer
Por ti abaixo.
Devoraste-me bago a bago,
Entre risos de maldade e satisfação.
Vieste-me por entre os sucos
Do prazer de me teres esmagado.
A vindima este ano foi boa.
Mas teme-se que o vinho não preste.
Está impregnado de mim.
E da tua luxúria.
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