De ver teias de aranha em contra-luz
Pela manhã, finas, simples e frágeis
Como um tecido delicado que ao toque seduz.
Como uma malha de amor cruel
Que nasce de artimanhas e ágeis
Intenções.
Choro.
Com a chuva da manhã
Que traz o cheiro a terra e a pó
Das tardes de Estio agrestes.
Que me lembra o que é estar só
Tecendo sonhos com mãos de artesã.
Penso.
Mas nuvens feitas de nós
Que passam, vazias, pelo azul
Dos meus olhos transparentes.
E nas entranhas despidas pulsam
As emoções de vidas anteriores
De quando éramos inocentes.
Sinto-me.
Mas não sei de mim.
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