É um jogo perigoso, este, 
o do outro lado do espelho, 
onde vivemos às avessas 
tu és eu 
e eu sou tu. 
Eternamente. 
Por escadas sem princípio nem fim. 
Seremos loucos 
ou apenas humanos? 
Algo seremos, 
de forma passageira, 
mas cravados nas entranhas 
dos momentos solitários. 
Pairamos, na confusão do ser.
                  
                 
 
    
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