Nas noites em que os ruídos
Me perturbam os pensamentos
Julgo sentir tudo lá fora
Parado. Desaparecido.
Quieto demais.
E receio sair do que conheço
Para ver que o mundo parou
E as pessoas não mais existem.
Nas noites em que temo
Não voltar a ver o brilho do sol
Acredito que a manhã não o será
Que o astro deixará de vir
Roçar a minha janela
E alimentar a cor da minha pele.
Nas noites minhas
Invento histórias que me iludam
Dos meus temores
Mais sombrios.
Dos pensamentos mais frios
E do desejo de te ter aqui, para me abraçar
E confortar.
Porque éramos meninos fortes
Um para o outro.
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